A movement in the corner of the room!
And there is nothing I can do
When I realise with fright
That the spiderman is having me for dinner tonight!
(Lullaby, The Cure)
Rodopiamos
Embriagados pela luz
Sem despregar o olhar
Eu avanço
Tu recuas
Tropeçamos no ardor
Mas os corpos amparam a queda
Num compasso a dois tempos
Arremesso-te
Tu resistes
Faço-te girar
Tu rebates
A parede nua é a minha teia
Cerco-te por todos os lados
A minha língua é veneno
que te entorpece
Mas o desejo em ti aceso encadeia
Cego, apenas guiado pelo teu cheiro,
Devoro a tua boca
Sopro segredos ao teu ouvido
Os teus lábios devolvem murmúrios
São minhas as mãos que por ti deslizam
É tua a pele que se eriça ao meu toque
E porque a vertigem é passageira
Mas a ilusão pode ser eterna
Enredamo-nos na parede nua
Sem pressa dela sair.
7 comentários:
Näo sei se é pela conjugacäo com a fotografia, mas cheira a tango...! :)
Ab.
É Maurice, a ideia era mesmo essa! :-)
Concordo inteiramente, mas aquele tango, à maneira antiga, dançado com volúpia e virilidade à mistura, por dois homens nos locais antigos de Buenos Aires...
...queria dizer "lugares nocturnos de Buenos Aires"...
Oi, meu padeiro lindoooo1
Só visitando!
Beijão!
Vertigem passageira ou ilusão eterna, dança física ou coreografia mental, a parede é um palco ou um ecrã onde um rito de sedução ocorre ou uma fantasia se projecta...
:-)
Excelente digressão pelo tango e pela poesia caro Oz: queremos mais!!!
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